Amamentar é o desejo de muitas mamães. Mas a falta de informação e a insegurança podem transformar esse sonho em pesadelo quando o bebê se recusa a mamar.
Meu bebê não quer mamar! O que eu faço?
A rejeição do bebê ao peito materno pode ter diversas causas, desde as mais simples até as que necessitam de ajuda profissional. Por isso, vou ajudá-la a entender o problema e mostrar que ele tem solução, mamis.
Amamentar é um ato de amor. Com ele, desenvolvemos paciência e resiliência, como parte do looping de emoções que acompanham as mulheres desde o início da gestação. Mas o que para muitas mamães parece fácil, para outras é um verdadeiro desafio, nos casos em que o bebê não quer mamar.
Além das fissuras nas mamas, inchaço, dores, ingurgitamento e mastite, a recusa do peito pode ser mais um obstáculo na jornada da amamentação, principalmente para as mamães de primeira viagem. Um problema que, muitas vezes, gera insegurança e frustração.
Neste artigo, vou mostrar que são várias as causas para o baby não querer mamar no peito. Também são diversas as alternativas para reverter esse quadro. Pois informação é tudo, não é mesmo?
Se você está passando por isso, fique tranquila. Vou ajudá-la a enfrentar a situação!
Por que devo amamentar?
Se você está com um baby na barriga ou planeja ser mãe, já deve saber que o leite materno é o melhor alimento para os recém-nascidos e crianças com até os dois anos de idade. Por ser completo, dispensa o consumo de água, sucos ou chás até os seis meses.
Segundo a Unicef, amamentar os bebês imediatamente após o nascimento pode reduzir a mortalidade neonatal, aquela que acontece até o 28º dia de vida. E não são só os bebês que saem ganhando. O aleitamento materno, na primeira hora de vida, auxilia nas contrações uterinas, diminuindo o risco de hemorragia.
São tantos os benefícios em amamentar que o ato já faz parte dos planos das gestantes. Elas preferem nem imaginar que o bebê possa recusar o peito. É por isso que tudo pode ficar bem difícil, quando a criança não quer mamar.
Se você passa por esse processo, aí na sua casa, saiba que, antes de mais nada, é preciso investigar a causa. São vários os motivos que levam à rejeição do peito pelo pequeno. Pode ser, por exemplo, um simples resfriado, ou a pega incorreta do seio.
Vamos descobrir juntas o que pode estar acontecendo?
O que leva o bebê a não querer mamar?
Vale salientar que a recusa não significa, necessariamente, algum problema sério. Muitas vezes, o bebê apenas não está com fome no momento, ou já mamou o suficiente. A cada mamada, ele vai se tornando expert e consegue se saciar rapidinho.
No entanto, se for uma situação persistente, a dica é manter a calma, para ajudar o seu filho. Observe todo o contexto das situações em que o bebê se recusa a mamar. Pergunte-se sobre como está o ambiente e avalie se você está relaxada para o momento. Os pequerruchos sentem nosso estresse. Então, fuja das tensões!
Além disso, eles também percebem quando acontece uma mudança na rotina, como o afastamento devido a uma viagem ou a volta da mamãe ao trabalho, por exemplo. Os pequenos radarzinhos captam tudo.
Além disso, é importante ficar de olho em outras possíveis causas.
- Resfriados: o bloqueio do nariz e da boca dificulta a respiração e a sucção. Faça uma limpeza antes da mamada, que pode ser com um pano limpo macio ou lenço de papel em forma de canudo. Se o muco estiver seco, basta umedecer o paninho.
- Desconforto: a recusa ao peito pode ser causada por alguma dor, como as terríveis cólicas, o nascimento dos dentinhos, uma infecção ou uma posição errada. Caso o problema for o famoso sapinho (cândida), ou estomatite, as feridinhas na boca não vão deixá-lo mamar. Há ainda o refluxo, que faz o leite retornar trazendo o ácido estomacal. Observe bem e fale com o pediatra!
- Pega incorreta: Esse é um dos problemas mais comuns entre os recém-nascidos. Acontece quando não é possível abocanhar uma boa parte do seio para garantir uma mamada de sucesso, sem falar que pode machucar o bico. Converse com quem já tem experiência, ou procure ajuda especializada, pois existem consultoras que auxiliam na melhor posição para a mamada. Outra opção é entrar em contato com o banco de leite do hospital onde ocorreu o seu parto. Lá, também existem pessoas que vão mostrar como é a pegada correta.
- Mamadeira e bico: o uso da mamadeira e do bico confundem o bebê, no que se refere à sucção. No caso da mamadeira, não é necessária muita força para mamar e o leite desce mais rápido. Caso ele esteja com algum problema em sugar o peito, vai preferir a mamadeira, que é mais fácil.
- Hiperlactação: o excesso de leite materno também pode tornar o momento desagradável, devido à força do fluxo de leite. Uma alternativa é retirar o leite antes de cada mamada, para esvaziar um pouco as mamas.
- Distrações: quando o bebê começa a ficar mais curioso, barulhos e movimentos fazem ele perder a concentração e interromper a mamada. Procure fazer com que o momento seja o mais sossegado possível.
Mas atenção! Caso a criança também apresente sintomas como vômitos, diarreia e sonolência, procure o médico.
Não desista. Vai dar tudo certo!
Quando o bebê não quiser mamar, não force. Abrir a boquinha ou empurrar ele contra o peito não vai ajudar em nada e só piora a situação, causando ainda mais frustração. E você sabia que algumas crianças sugam melhor quando estão com sono? Pois, é. Não custa tentar.
Amamente quando ele estiver com fome, em livre demanda, sem a imposição de horários rígidos. Tente, também, espremer um pouco de leite na boca dele, no início da mamada, para despertar o interesse e avisar da refeição.
Outra coisa que muitas mamães não sabem é que, se o bebê estiver com muita fome e ficar furioso, também pode recusar o peito. Nesses casos, espere ele se acalmar e tente novamente.
Aliás, persistência é o recado mais importante. Não desista! Embora seja uma situação nada agradável, essa recusa ao aleitamento materno tem a duração de apenas alguns dias. Segundo especialistas, dificilmente isso passa de uma semana. O que reforça a necessidade de ter muita paciência, informação e uma rede de apoio que não deixe mamãe e bebês desamparados.
Enquanto enfrenta o desafio do bebê que se recusa a mamar, procure tirar o leite manualmente, ou com a ajuda de uma bombinha, sempre em intervalos regulares e seguindo a rotina de amamentação. Isso vai manter a produção de leite e prevenir o ingurgitamento dos seios, bem como evitar a mastite.
Você também pode oferecer esse mesmo leite ao baby. Mas evite a mamadeira e use um copo ou colher para que ele continue a se beneficiar das maravilhas que o leite materno proporciona.
E lembre-se: o leite materno é mais do que uma boa nutrição para os nossos filhos. Ele é afeto, vínculo, contribui na proteção de muitas doenças, diminui as chances de asma e alergias.
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